domingo, 2 de setembro de 2007

UM MARCO HISTÓRICO.

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Cientistas políticos dizem que julgamento sobre mensalão foi marco histórico no Judiciário. Marcela Rebelo - Repórter da Agência Brasil

Brasília - Cientistas políticos avaliam o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) como um marco no Judiciário brasileiro. Depois de cinco dias de julgamento, os ministros do STF aceitaram a denúncia contra 40 pessoas acusadas de envolvimento no esquema de compra de votos em troca de apoio político conhecido como mensalão.
"É a primeira vez que o Supremo toma esse tipo de ação e acata acusações de 40 pessoas. Então é um marco histórico no Judiciário brasileiro", disse David Fleisher, que é cientista político e professor da Universidade de Brasília (UnB), em entrevista hoje (29) à Rádio Nacional. Para ele, o presidencialismo de coalizão, adotado no Brasil, acaba resultando em esquemas de compra de votos no Congresso.
"O presidente é forçado a usar esses artifícios para manter consolidada a sua coalização", disse. David Fleisher ressaltou que acusações de compra de votos não ocorrem apenas no atual governo. "Houve algumas acusações de compra de votos na emenda que aprovou a reeleição em 97, mas não chegaram a dar um julgamento formal. Alguns deputados foram cassados, mas foi abafado esse caso. Então nosso modelo de presidencialismo de coalizão, que o presidente tem que manter 10, 11, 12 partidos na sua coalizão, é o modelo que dá margem a esse tipo de prática", disse.
O cientista político Leonardo Barreto também ressaltou a importância do julgamento, mas afirmou que é preciso aguardar o resultado final do processo, que irá culpar ou inocentar os envolvidos.
"Não há dúvida de que é um marco. Porque afinal de contas, nunca tivemos um julgamento dessa dimensão. Entretanto, ainda temos que manter atenção porque essas pessoas não foram julgadas. Na verdade, o STF só decidiu aceitar essas denúncias. Agora, a fiscalização tem que ser redobrada para que esse julgamento venha finalmente acontecer", destacou Barreto em entrevista à TV Nacional.
Para o cientista político, caso os envolvidos não sejam condenados ou inocentados o sentimento de impunidade na sociedade pode aumentar. "Na verdade, o histórico do STF é de processos vencidos por decurso de prazo. Então dessa maneira, se essas pessoas não vierem de fato a serem julgadas seria um prejuízo para a sociedade brasileira nesse sentimento de impunidade", afirmou.
Com fim do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) em que o plenário aceitou a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra 40 pessoas supostamente envolvidas no esquema do mensalão, caberá agora ao MPF comprovar todas as alegações apresentadas contra os acusados, que vão responder como réus na ação penal.

Um comentário:

Cris Rodrigues disse...

Paulo,
Ver Ideli Salvatti "funcionar" como "advogada" de Renan, Lula e "corja" é deprimente...
Certo está o Sen. Jarbas Vasconcelos(PMDB/PE) ao declarar:
"É insustentável, o Senado chegou ao fundo do poço".

Bjo.